Por Mariano Gordinho*

O consumidor entra na loja, confere um ou dois produtos, fuça sem parar no celular, quando o vendedor se aproxima ele diz “estou só olhando” e vai embora. Esse fenômeno se chama “Showrooming” e deve acontecer cada vez com mais frequência se o empreendedor não se movimentar.

O showrooming é puxado pelo crescimento da utilização dos smartphones: a pessoa vai conhecer na loja o produto que quer comprar, tira dúvidas se necessário, confere os preços na Internet pelo celular, e, se encontra mais barato online, volta para casa e efetiva sua aquisição.

Nas revendas de TI não é diferente, e para driblar esse movimento é necessário investir em experiência de consumo, não deixando somente o preço ser fator decisivo na hora da compra. Os vendedores devem atuar como verdadeiros consultores, precisam de treinamentos com técnicas de vendas para proporcionar atendimento personalizado a cada consumidor, de acordo com sua necessidade.

Também é preciso atenção em relação ao ambiente da loja. O marketing sensorial ganha cada vez mais espaço no varejo, e as revendas devem desenvolver suas lojas de para impulsionar compras, criando um espaço pró-consumo.

Outro ponto que vem dos Estados Unidos e começa a desembarcar no Brasil é o “propósito” do varejo. Muitos lojistas ligam suas marcas à ações e sentimentos. Por exemplo, um grande calçadista a cada venda realizada doa um par de sapatos. Sustentabilidade pode ser um conceito para permear o trabalho das revendas

Por fim, essas são as armas para escapar do showrooming. O consumidor pode até entrar com o celular dentro da loja, mas será usado para postar a felicidade ao comprar e já retirar seu produto novo.

*Mariano Gordinho é presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de TI – Abradisti