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O que as novas tecnologias agregam de valor para setor de distribuição

O mercado brasileiro de TI movimentou 123 bilhões de dólares em 2012 e fechou o ano com crescimento de 10,8% em 2012, na comparação com 2011, o que representa praticamente o dobro do aumento médio mundial, 5,9%. No comparativo com outros mercados, o avanço do setor no País ficou atrás apenas do verificado na China, de 15%, segundo dados da IDC. …

18/01/2014 19:57

Por Vladimir França, diretor executivo da Abradisti 

O mercado brasileiro de TI movimentou 123 bilhões de dólares em 2012 e fechou o ano com crescimento de 10,8% em 2012, na comparação com 2011, o que representa praticamente o dobro do aumento médio mundial, 5,9%. No comparativo com outros mercados, o avanço do setor no País ficou atrás apenas do verificado na China, de 15%, segundo dados da IDC. Com o resultado, o Brasil já é considerado o quarto maior mercado de tecnologia da informação e comunicação (TIC) do planeta.

Quando olhada a participação do mercado brasileiro no cenário internacional de TICs, saltamos de 4,5% em 2011 para 5,2% em 2012 na representatividade de toda a movimentação, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). E, a expectativa ainda é que se mantido esse ritmo, a participação do Brasil em todo o mundo das TICs será de 8% em 2022, colocando o país em um dos três principais centros de TI do mundo.

Além disso, uma análise da Qualcomm, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, realizada junto ao IBOPE, apontou que 70% dos brasileiros adquiriram seu primeiro smartphone há menos de seis meses e, quando se fala em apps, estão dispostos a pagar entre R$ 27 e até R$ 93 por pacotes de apps pré-instalados.

Todos esses números de balanços de mercado do ano passado são frutos do universo de produtos de TI, telecom e informática, que não para de despejar novidades no mercado. Desde smartphones, tablets e ultrabooks a placas de vídeo, periféricos e até mesmo software, os fabricantes aceleram as produções e inovações em busca de conquistar mais espaço na casa dos consumidores e ganhar o status de marca favorita.

Com essa enxurrada de produtos, há quem diga que os maiores desafios são, justamente, não se confundir com o tanto de opções que estão à disposição e saber distinguir cada produto frente ao imenso mar de informações passadas pelos fabricante.

Nesse momento o que não existe é problema, mas sim uma oportunidade para o setor de distribuição e as revendas. É nesse exato ponto que cabe ao revendedor mostrar que conhece os produtos e traduzir as informações técnicas, entendendo a necessidade do cliente e indicando a ele a melhor opção.

Em 2012, segundo a 3ª Pesquisa Inédita Setorial e Salarial dos Distribuidores de TI e o 2º Censo de Revendas da Abradisti, o setor faturou R$ 13,2 bilhões, sendo que 92% do total foi proveniente da comercialização de produtos como hardwares e softwares, enquanto o restante ficou divido entre serviços e outros produtos.

Isso é prova da necessidade que o mercado de revendas e distribuição deve se reinventar na parte de serviços, gerar valor agregado e assim, com o surgimento constante de novas tecnologias, destacar-se, tornar-se referência e aumentar a rentabilidade.