Para Selkis, setor hospitalar tem oportunidades inexploradas por distribuidores de TI
Novo parceiro estratégico da Abradisti é prestador de serviços e integrador em hospitais
O setor de saúde, particularmente o de instituições hospitalares, é cheio de oportunidades, mas ainda pouco explorado no Brasil por fabricantes e distribuidores nacionais de TI. Para a nova associada da Abradisti, a paulistana Selkis Tecnologia, uma distribuidora forte de produtos tecnológicos para hospitais, pode ser benéfica para todos os seus players, inclusive os pacientes na ponta.
“A Abradisti, enquanto maior associação de tecnologia da informação, não tinha ninguém voltado à saúde. Meu objetivo, antes de mais nada, é trabalhar com as empresas fornecedoras nacionais para conseguir produtos e insumos compatíveis com nossa proposta”, explica Odair Kato Júnior, fundador e diretor administrativo da Selkis. “Temos o caminho, o conhecimento técnico e o acesso às pessoas. Então, como podemos trabalhar nisso juntos?”
Segundo o executivo, um dos maiores desafios da empresa – que atua na integração e manutenção de equipamentos hospitalares diversos – é conseguir as tecnologias aplicadas em seus projetos por preços competitivos. Além disso, muitos desses itens demoram a chegar depois de encomendados, pois a maioria é importada.
Para Lucas Oliveira, diretor técnico da empresa, o mercado de saúde é, de fato, complexo. Como os hospitais lidam diretamente com a vida das pessoas, a transformação digital desse setor é mais lenta e cuidadosa. “É um ambiente muito visionário, mas a mudança é muito lenta e burocrática”, explica.
No que diz respeito à aquisição de equipamentos, é preciso entender, alega Oliveira, que a tecnologia hospitalar não é só médica. Um hospital compra itens voltados para varejo, logística, ao setor hoteleiro, entre outros. E justamente por isso é um mercado “absurdamente grande”, e que traz oportunidade tanto para players, não costumeiramente associados à saúde, como para empresas nacionais.
“Eu vejo o mercado da saúde pouco assistido por tecnologias nacionais. Eles compram servidores e computadores e ficam somente no básico”, afirma. “Um dos nossos desafios é tentar mudar essa visão sobre os equipamentos usados pelos hospitais, desde tablets até leitores de QRCod, e que beneficiem tanto fabricantes como distribuidores e integradores nacionais.”
O diretor técnico cita como exemplo positivo o uso de equipamentos de impressão da brasileira Elgin, ou totens de autoatendimento da POStech (ainda mais comuns em lanchonetes que hospitais). Eles estão há anos no mercado, oferecem qualidade, mas são pouco usados por instituições hospitalares por conta de critérios mais culturais do que técnicos. Para ele, os distribuidores de TI brasileiros podem ajudar a mudar essa mentalidade.
Para Mariano Gordinho, presidente-executivo da Abradisti, a chegada da Selkis enquanto parceiro estratégico preenche um espaço importante, na medida em que complementa o espectro de atuação da entidade.
“É uma empresa que complementa o ambiente de negócios do ecossistema”, pondera. “Eles são importantíssimos porque buscam no distribuidor produtos e soluções que o executivo de distribuição não tem como foco.”
Selkis e Sterifast
A Selkis se formou em 2010, a partir de uma necessidade específica identificada pelo fundador, Odair Kato Júnior: assistência técnica qualificada de equipamentos hospitalares. “Quando se mexe em um equipamento hospitalar, uma bomba de infusão, um respirador, o objetivo final é uma pessoa”, afirma. “Se você manda arrumar uma TV e ela não fica boa, procura outra assistência. Na saúde, se o trabalho não for coerente, se perde uma vida.”
A ideia do negócio veio depois de um problema cardíaco sério, sofrido pelo próprio executivo, que o fez passar por cirurgias de implantação de pontes de safena. “Fiquei pendurado em equipamentos nos quais os técnicos que eu gerenciava em outra empresa, cuidavam da manutenção. Eu coloquei minha vida na mão deles”, lembra. “Na minha recuperação, tive a ideia de montar uma empresa com preocupação na pessoa e não no dono do equipamento.”
A Selkis começou então como empresa de assistência técnica. Ao longo dos anos, com o acesso obtido pela empresa em hospitais e conhecimento de suas necessidades, a Selkis incorporou as suas atividades a venda de insumos, bem como se tornou uma integradora de soluções de informática, vendendo soluções para projetos mais amplos.
“São produtos muito específicos para necessidades muito específicas”, explica Kato. “A exigência técnica é muito maior, o que exige buscar qual fornecedor tem o equipamento ou pode desenvolver um acessório ou modificação no software para atender a necessidade. É uma venda complexa.”
Hoje, a empresa tem como clientes hospitais de referência nacional. E mais recentemente criou a Sterifast, empresa especializada na área de esterilização e rastreamento de material médico-hospitalar, que cresceu substancialmente durante a pandemia de COVID-19 e aumentou sua projeção na área hospitalar do grupo Selkis.
“É um momento de expansão. Nossa perspectiva é muito boa”, diz Kato Jr. “Se conseguirmos dar as mãos a mais empresas e andarmos juntos, temos muito o que crescer.”
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