Nota Oficial: Abradisti se manifesta contrária aos decretos que aumentam o IOF no País
Leia a íntegra da nota divulgada pela ABRADISTI, assinada pelo presidente-executivo Mariano Gordinho

A Associação Brasileira da Distribuição de Produtos e Serviços de Tecnologia da Informação (ABRADISTI), entidade representativa das empresas do setor de distribuição de tecnologia brasileiras, vem a público manifestar seu veemente repúdio aos Decretos nº 12.466 e 12.467, de maio de 2025, que promovem alterações significativas no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
As medidas anunciadas pelo governo federal representam um aumento expressivo da carga tributária sobre operações essenciais para o funcionamento da economia, com impactos severos não apenas para o setor de distribuição, comércio e serviços, e para médios, micro e pequenos empresários, mas principalmente para o cidadão brasileiro, que arcará com o custo final desta tributação excessiva.
A elevação drástica do IOF-Câmbio para 3,5% em diversas operações encarecerá produtos importados e serviços internacionais, afetando diretamente o poder de compra dos brasileiros. Itens essenciais como equipamentos tecnológicos sofrerão aumentos significativos, comprometendo o acesso da população a bens necessários.
A tributação de operações de antecipação de pagamentos a fornecedores (“forfait” ou “risco sacado”) e o aumento do custo do crédito para empresas resultarão inevitavelmente em preços mais altos ao consumidor final.
Em um cenário econômico já desafiador, estas medidas agravam ainda mais a situação financeira do mercado de distribuição de tecnologia.
O cidadão comum será duplamente penalizado: como consumidor, pagará preços mais altos por produtos e serviços; como trabalhador, enfrentará um mercado de trabalho mais restrito, já que o aumento de custos para as empresas compromete a geração e manutenção de empregos num setor de alta empregabilidade no Brasil.
Lamentamos que estas medidas tenham sido adotadas sem diálogo prévio com o setor produtivo e sem análise de impacto sobre as empresas e o cidadão brasileiro.
O aumento da tributação sobre operações financeiras vai na contramão do discurso de estímulo ao crescimento econômico e contradiz os esforços para redução do custo de vida no Brasil.
A ABRADISTI, representando centenas de empresas de distribuição e milhares de empresas de comércio e serviços brasileiras, defende a revogação do decreto ou, no mínimo, a suspensão de seus efeitos até que seja realizada ampla discussão com os setores afetados e avaliado o real impacto sobre o consumidor brasileiro.
O Brasil precisa de políticas que estimulem o crescimento econômico, a geração de empregos e a melhoria da qualidade de vida da população, não de mais impostos que sufocam a atividade empresarial e reduzem o poder de compra dos brasileiros.
A ABRADISTI reafirma seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país e se coloca à disposição para um diálogo construtivo que resulte em medidas equilibradas e favoráveis ao crescimento sustentável da economia brasileira.
São Paulo, 02 de Junho de 2025.
Mariano Gordinho
Presidente-Executivo da Associação Brasileira da Distribuição de Produtos e Serviços de Tecnologia da Informação (ABRADISTI)