News Context: O Black Friday morreu? Uma visão do mercado Americano
O Black Friday morreu ou está apenas minguando rapidamente? Dados apontam o possível fim do primeiro grande evento de compras nos EUA. Isso mesmo. E essa não é apenas algo relativo à economia ou a confiança do consumidor, mesmo que esses sejam fatores importantes. O varejo, agora, se depara com um desafio mais uniforme que diz respeito ao comportamento do consumidor, independentemente de sua classe sócio-econômica.
O Black Friday morreu ou está apenas minguando rapidamente? Dados apontam o possível fim do primeiro grande evento de compras nos EUA. Isso mesmo. E essa não é apenas algo relativo à economia ou a confiança do consumidor, mesmo que esses sejam fatores importantes. O varejo, agora, se depara com um desafio mais uniforme que diz respeito ao comportamento do consumidor, independentemente de sua classe sócio-econômica.
Black Friday já diminuiu no varejo dos EUA. O mesmo poderá acontecer no Brasil?
Em um passado não muito distante, as lojas eram o principal foco do super feriado de compras. Afinal, o Black Friday foi um evento criado pelas lojas físicas, para atrair os consumidores às compras na sexta feira após o tradicional “Dia de Ação de Graças”, que sempre acontece na 4° quinta feira de Novembro. Como muitos dos consumidores americanos emendam a sexta, em folga do trabalho, essa se tornou a grande oportunidade para os lojistas criarem uma forma de atrair as pessoas para as melhores negociações do ano.
A teoria inicial era de que, se os compradores fossem mais cedo para encontrar uma boa pechincha, eles voltariam outras vezes para comprar mais coisas futuramente.
Sem surpresas, no Brasil e mesmo na Europa, o comércio adotou o Black Friday como um evento promocional para iniciar o período de compras de final de ano e chamar as pessoas para as lojas. A análise de tendência na distribuição da CONTEXT, em 2015, foi um bom preditivo para as vendas do mercado varejista e afetando o Black Friday. Será que essa tendência se manterá em 2016?
Black “Friday” — morto por milhares de clicks
É cada vez maior o número de lojas que se aproveita do Black Friday para fazer promoções antes da própria sexta-feira. O resultado disso é que não existe mais um evento apenas. O Black Friday acabou sofrendo uma mudança de foco e, literalmente, se tornou a Black Week e vendas promocionais.
Mais importante: os consumidores não veem mais o Black Friday apenas em lojas. Redes como Amazon e outros varejistas online têm capitalizado o momento de forma criativa, com ofertas diárias durante toda a semana ou até por mais tempo. Isso criou outra nova tendência, o “Cyber Monday” que é a primeira segunda feira após o tradicional Black Friday. Nos EUA, já se observou uma queda de produtividade nas empresas com muitos empregados usando o horário de trabalho para aproveitar as ofertas que não conseguiram ou não puderam comprar na tal sexta. Está se projetando que o Cyber Monday pode ser o maior dia único de volume de vendas de todo período de compras de final de ano.
Será que essa mesma tendência se repete no Brasil e Europa? Comparado com os EUA, no Brasil e Europa a maior parte das vendas desse evento ocorre em comércio eletrônico, especialmente para produtos de tecnologia. A maior parte das promoções nesse ano de 2016 foram ofertadas durante toda a semana, até o Cyber Monday.
Como resultado disso, hoje o consumidor está menos comprometido. Ele não é mais obrigado a ir a um lugar ou horário específico. Isso se traduz em uma diminuição do efeito que o Black Friday tem como evento único para o comércio.
Grandes varejistas têm confessado veladamente que o Black Friday deveria morrer. A ideia inicial de juntar todas as ofertas em um único dia diminui drasticamente os preços e as margens. Seria mais saudável se ambos, os varejistas e os consumidores, pudessem avaliar as ofertas e realizar suas compras em diversos lugares num determinado período.
De fato, é como os compradores dos omnichannel têm se comportado – comprando por diversos dias e de diversas maneiras.
E então, o que aconteceu em 2016?
As vendas do Black Friday subiram novamente esse ano? Ou os consumidores preferiram comprar mais no Cyber Monday? Quanto do orçamento do Natal já foi usado? Os números finais de vendas desse Black Friday não serão computados por duas semanas.
No entanto, a CONTEXT está realizando uma pesquisa de intenção com o consumidor agora. Nós estamos questionando os consumidores sobre quando eles compraram e quanto gastaram no Black Friday e no Cyber Monday. Isso será interessante para termos um direcionamento de quanto eles ainda pretendem gastar até o final do ano.
Por Lucas Porto, country manager da Context no Brasil