MyABCM na Abradisti: nova associada traz foco para a gestão de custos no setor de TIC
Novo parceiro estratégico da Associação é multinacional brasileira cujo software soluciona um dos maiores pesadelos do setor: o descontrole sobre os custos
A MyABCM é uma fabricante brasileira de software cujas soluções buscam resolver uma demanda bem específica, mas fundamental para companhias de qualquer lugar do mundo: a gestão dos custos. A empresa, que acumula mais de 30 anos de mercado e está prestes a lançar uma versão de seu principal produto com inteligência artificial generativa, tem ainda uma novidade adicional: acaba de ingressar na Abradisti como associada na categoria de Parceiro Estratégico.
André Sanseverino, sócio-fundador da MyABCM, explica que a entrada na Associação tem relação com o propósito da entidade de apoiar o crescimento dos associados com tecnologia e inovação. Além disso, considerando que se trata de um setor altamente complexo e de margens de lucro sempre apertadas, os associados têm a ganhar com a expertise da empresa no gerenciamento e controle de custos.
“O setor logístico historicamente tem necessidade de ter uma gestão de custos apurada. Porque é possível ter um faturamento muito alto, mas lucro baixo. Para esse setor, é muito importante que se consiga ter uma gestão eficiente de custos”, pondera o executivo, que elogia a cultura de dados da Abradisti. “O Censo das Revendas é espetacular. Dificilmente se encontra iniciativas como essa em outros setores.”
Para Mariano Gordinho, Presidente-Executivo da Abradisti, a sinergia com a MyABCM foi instantânea. A proposta de valor da empresa, explica, agrega muito ao segmento de distribuição, cujas empresas operam um sistema logística muito complexo, dependente de incentivos e que, na essência, precisa estar muito atento a todo tipo de custo.
“O caminho curto [para controlar despesas] para os distribuidores é fazer uma planilha no Excel. Tudo começa com alguém muito bem-intencionado com uma planilha que controla tudo. Mas isso vira logo uma Torre de Babel”, pondera o executivo da Abradisti.
“Ter entre os associados uma empresa capaz de colocar isso em uma proposta de valor e entregar uma ferramenta que faz a gestão analítica do custo é estratégico”, afirma Mariano.
História de sucesso
Fundada em 1994 por pai e filho, ambos com extensa experiência como consultores empresariais, a MyABCM é uma empresa multinacional brasileira com presença em mais de 50 países e que provê soluções de software para gestão de custo e rentabilidade. No início era uma integradora de uma fabricante americana e que cresceu fortemente como representante exclusiva da marca no País.
“Até que um dia essa empresa americana foi vendida e perdemos nossa galinha dos ovos de ouro”, lembra Sanseverino, que tomou então uma decisão drástica: transformar a empresa em fabricante. “Com todo know-how que a gente adquiriu, nós criamos nossa própria solução. Que é o MyABCM.”
O ano era 2001. Depois de três ou quatro anos de desenvolvimento, a solução própria da empresa foi lançada – e não só no Brasil. Distribuidores daquele software americano que também ficaram “órfãos” se tornaram canais do software brasileiro, e levaram o produto para outros países, incluindo México, Japão e Singapura.
Hoje a MyABCM tem 13 escritórios espalhados pelo mundo, e deve chegar a 14 em abril de 2024, com a abertura de uma operação na Índia, “que é um baita mercado”, diz o cofundador. “O MyABCM é líder mundial na categoria de custos para tomada de decisões. Temos mais de mil clientes em 50 países.”
O fato curioso é que 93% dos clientes da empresa estão fora do Brasil, apesar de haver grandes usuários nacionais, como os Correios. De todo modo, assegura Sanseverino, o objetivo é crescer também aqui no País.
“A nossa aproximação com a Abradisti é um dos indicativos. A maturidade [do mercado brasileiro para soluções de controle de custos], até pouco tempo atrás, não era tão forte. O empresário ainda não estava tão preocupado com gestão de custos e fazia gestão no feeling”, diz.
Essa gestão baseada em sentimentos não encontra mais espaço no ambiente de negócios atual, defende o executivo. São muitos desafios: concorrência, agenda ambiental, regulação, pressão do consumidor sobre o preço final etc. E se nem sempre é possível repassar essas dificuldades, é preciso controlar custos.
“Entendemos que o Brasil tem um grande potencial. Temos uma agenda forte aqui, o que inclui uma frequência maior de webinars, por exemplo. Ano passado fizemos apenas um para o público brasileiro, e agora vamos fazer mais no Brasil”, explica. A estratégia inclui presença em eventos presenciais importantes, como o ERP Summit e a Febraban Tech.
No mundo, a MyABCM cresceu 20% em 2023 – e a meta é crescer ainda mais esse ano.
Como o MyABCM funciona?
Hoje os maiores usuários do software da empresa são empresas distribuidoras e logísticas, além de bancos, seguradoras, indústrias, governos e operadoras de telecom. A solução “combina com margens apertadas”, salienta o fundador, pois empresários de setores com essa característica precisam de controle rígido – e nem sempre isso significa fazer cortes.
“O que acontece com empresas que tentam reduzir custos? Buscamos na literatura disponível. Um estudo feito pela The Conference Board mostra que 33% das empresas que tentam conseguem, mas 30% acabam tendo aumento de custos – e dessas 22% despediram as pessoas erradas, por exemplo”, conta Sanseverino.
Contar apenas com o ERP para analisar custos nem sempre é uma alternativa, diz o executivo, porque softwares de gestão geralmente fazem apenas o “arroz com feijão”. Apostam apenas em um viés contábil, usam muitos rateios que distorcem o cálculo dos custos e carecem de dimensões mais complexas de análise, que incluam canais de distribuição, rotas de entrega, marcas, regiões prioritárias para marketing etc.
“O associado da Abradisti trabalha com diversas marcas, produtos, às vezes milhares, inúmeras regiões, clientes com rotas diferentes. Quanto mais complexo, maior a retaguarda para suportar. Quanto mais diversidade [na operação], maior o custo indireto”, diz.
O MyABCM estrutura o modelo de custos de cada empresa de modo customizado. Os projetos são sempre desenhados com o cliente, começando pelo mapeamento dos processos. “O modelo de custos está no centro de tudo”, explica Sanseverino. “Ele deve ser integrado aos sistemas da empresa, que alimentam o MyABCM.
Para o executivo, as informações sobre os custos nem sempre devem servir de arma para cortes, mas sim como caixa de ferramentas. “As pessoas querem gerenciar sem medir, mas isso não é possível”, sentencia o especialista.
O próximo grande passo da empresa é lançar uma versão do MyABCM com inteligência artificial. A ideia é disponibilizar um modelo de IA generativa capaz de oferecer insights de forma mais automatizada. O produto deve ser capaz de criar relatórios sofisticados, preservando os dados seguros. O lançamento deve ocorrer nos próximos meses.
“Você treina o modelo no servidor e a informação fica lá, restrita. A preocupação com segurança é fundamental”, diz.
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