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Distribuidores e revendas devem crescer em 2018, revelam Pesquisa Setorial e Censo

Ivair Rodrigues, Diretor da IT Data e responsável pelos estudos que serão apresentados no 9º Encontro Anual da Abradisti, ressalta: apesar de bons resultados, setor começou 2019 com os “pés no chão” Confira a entrevista!

11/04/2019 10:54:06

Ivair Rodrigues é Diretor de Estudos de Mercado da IT Data Consultoria, responsável pelo desenvolvimento e análise da Pesquisa Setorial de Distribuição de TI como pelo Censo das Revendas, que chegam este ano a nona e a oitava edição, respectivamente. Ele acredita que distribuidores e revendas vão registrar um novo crescimento setorial em 2018, muito embora os próximos meses ainda sejam repletos de incertezas, o que deixará as empresas “com o pé no chão”.

Os estudos são ferramentas únicas para munir de informações as distribuidoras e as revendas a respeito de si próprias, o que contribui com a evolução do mercado nacional. As edições mais recentes terão novidades: enquanto a Pesquisa Setorial entrará mais fundo nas estruturas dos distribuidores, o Censo classificará as revendas por tipologia.

Os estudos aumentarão ainda mais o conhecimento do mercado a respeito de elos tão importantes. Os números serão apresentados ao público no próximo dia 16 de abril, durante o 9º Encontro Anual da Abradisti.

O Blog conversou com Ivair Rodrigues e trouxe um pouco dos aspectos que os estudos têm revelado. Confira!

Blog da Abradisti: Qual a importância da Pesquisa Setorial para a distribuição e o mercado brasileiro de modo geral?

Ivair Rodrigues: Primeiro por não existir nenhum outro trabalho que faça alguma medição da distribuição de TI no Brasil. Por isso temos essa parceria de muitos anos com a Abradisti e todo ano buscamos novas informações sobre o setor. Em 2019 estamos buscando informações que saiam do padrão. Queremos saber como está a estrutura das empresas, se estão partindo para a terceirização de atividades internas como RH e marketing, quais os assuntos de interesse. A Abradisti aumentou o número de associados, portanto estamos sempre tentando trazer coisas novas. Queremos saber mais sobre eles, partir para outro patamar.

Blog: E qual a importância do Censo das Revendas?

Rodrigues: A revenda literalmente não tem acesso à informação. O que ela acessa é dado pelas revistas especializadas, mas sempre considerando alguma tendência, tentando mostrar um produto ou serviço que o mercado diz que trará dinheiro. Este trabalho que fazemos é imparcial, queremos literalmente saber o que está acontecendo com a revenda, em que está apostando, quais seus problemas etc. Queremos uma radiografia completa. E este ano há algo diferente: vamos mostrar os tipos de revendas. Desta vez vamos achar a revenda de volume, de valor agregado (VAR), o vendedor que trabalha sozinho e a especializada em automação comercial. Cada uma vai ter uma visão.

Blog: Quantas revendas foram ouvidas este ano e qual a representatividade deste número?

Rodrigues: Entrevistamos mais de 2.500 e finalizamos o estudo com 2.352 respostas. Foi o melhor resultado até hoje, e esse número é bem significativo se olharmos para as cerca de 25 mil revendas no Brasil todo. Estamos próximos de 10%. Poucos institutos de pesquisa chegam a uma amostra tão grande. A parte mais difícil é pegar as respostas de cada revenda, ver se há incoerências, se responderam qualquer coisa.

Blog: De que forma o Censo prepara as revendas para o futuro da TI?

Rodrigues: A revenda geralmente não tem acesso à informação, não tem dinheiro para comprar pesquisas. Ela se informa pelo distribuidor e pela imprensa, que raramente é negativa. E cada um tenta tirar o melhor para o seu negócio. Quando a revenda participa do nosso trabalho, damos a ela um estudo que inclui parte das respostas que ela deu. Ela ganha um “norte”, parte do conhecimento que temos com relação a tendências de investimento. A IT Data não trabalha com um futuro de muito longo prazo, o importante é o agora. Tenho que ajudar o cliente a ganhar dinheiro em 2019. Nós mandamos para as revendas, junto com o resultado da pesquisa, uma série de informações que ajudam a identificar oportunidades. Essa troca faz com que a gente consiga um grande número de respostas, o que não é fácil.

Blog: De que forma o cenário macroeconômico afetou distribuidores e revendas nos últimos anos, de acordo com os resultados dos estudos?

Rodrigues: Está todo mundo de certa forma no mesmo patamar. Ninguém entrou na onda do otimismo excessivo. Todo mundo entrou em 2019 com os pés no chão. Do ponto de vista de distribuidores e revendas, eles já estavam mais conservadores e sabem que não existe milagre. Claro que esperavam um pouco mais, notícias um pouco melhores.

Blog: O setor cresceu em 2018? Já é possível adiantar resultados dos estudos?

Rodrigues: Para mim fica claro, olhando as respostas preliminares que tenho de distribuidores e revendas, que houve crescimento, mas não será muito grande. O ano de 2018 foi positivo tanto para a revenda quanto para o distribuidor. Para 2019 também há expectativas.

Quer participar do 9º Encontro Anual da Abradisti e conhecer os principais resultados dessas pesquisas? Então, inscreva-se! O evento é gratuito.

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