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Abradisti e Rcell: “Juntos somos mais fortes”

Com forte atuação em smartphones, games, informática e eletro, nova associada fortalece a importância do setor de distribuição

07/12/2021 19:02:16
Alexandre Elias, diretor de Marketing da Rcell

Não basta apenas fazer parte, o mais importante é contribuir com o fortalecimento do setor de Distribuição, o que só tem como ser feito a partir da união dos players. Fomentar e fortalecer é um dos principais objetivos do Grupo Rcell, maior distribuidora de eletrônicos com capital fechado do País, ao entrar para o quadro de associados da Abradisti.

“Juntos somos mais fortes. A Abradisti é a primeira associação que fazemos parte e temos as melhores expectativas possíveis”, afirma Alexandre Elias, diretor de Marketing do grupo Rcell (foto).

Para o presidente-executivo da entidade, Mariano Gordinho, o flerte que se iniciou em março de 2021 resultou em um casamento que tem tudo para render os melhores frutos. “A parceria com a Rcell é, sem dúvidas, um marco para a nossa associação”, comemora.

Conheça, abaixo, os detalhes de uma conversa que tivemos com Alexandre Elias. Ele conta sobre o início da Rcell, os efeitos da pandemia nos negócios e as principais perspectivas para o ano de 2022, tanto no setor de consumo como para os planos da empresa, assim como as expectativas com a entrada na Abradisti.

Entrevista

O mercado de telefonia sempre esteve no DNA da Rcell? Fale um pouco mais sobre a história da empresa.

Alexandre Elias, diretor de Marketing do grupo Rcell: Sim, sem dúvidas. Fundada em 2002, a Rcell começou comercializando acessórios para celulares e, com apenas dois anos de operação, o primeiro milhão de faturamento foi atingido. A grande oportunidade de crescimento da empresa aconteceu a partir do fim dos subsídios e desbloqueios dos aparelhos. A Rcell se associou à operadora Oi e logo depois começou a distribuir com exclusividade toda a linha da Sony Ericsson no Brasil.

Hoje, além da distribuição, também mantemos um site exclusivo para o comércio B2B, como também a Webfones – o maior portal especializado em telefonia e games no Brasil para o mercado B2C.

Essa última marca controla o Web Mercadinho, com mais de 25 lojas oficiais dentro do Mercado Livre, a empresa se estabelece entre as principais vendedoras na plataforma argentina com seus negócios focados na venda de produtos de supermercado de forma on-line (FMCG – Fast Moving Consumer Goods, em tradução do inglês, Bens de Consumo de Movimento Rápido). O Web Mercadinho está debaixo da estrutura da Webfones dentro do Grupo Rcell.

Apenas em 2020 comercializamos 4,6 milhões de produtos e estamos em 28 mil pontos de venda. Contamos com a ajuda de mais de 320 colaboradores e somos a 254ª maior empresa do País, segundo a última edição do Anuário Valor 1000. 

Quantas marcas são hoje representadas pela Rcell?

Alexandre Elias: O core business da Rcell é definido em smartphones, games, informática e eletro tendo reunido, até 2020, mais de 34 marcas. E, em 2021, em um esforço de expansão, estendemos nosso portfólio em mais de 30 marcas de uma área que chamamos de multicategorias, que reúne eletroportáteis, eletroeletrônicos, linha branca, ar condicionado, ventilação e a linha marrom de gigantes como Suggar, Electrolux, Mallory, Wap e Whirlpool. Inclusive, conquistamos a exclusividade na distribuição dos produtos Singer.

Você citou marcas que tiveram uma grande representatividade na pandemia. Como a Covid-19 afetou as operações de vocês?

Alexandre Elias: Enquanto muitas empresas retrocederam, a Rcell avançou e negociou com os principais parceiros. E, ao invés de desistir dos pedidos, nós compramos o estoque das indústrias e fortalecemos nossas operações logísticas.

Houve alta no consumo durante esse período?

Alexandre Elias: A transformação digital e a pandemia, sem dúvidas, revolucionaram a vida dos brasileiros. Nunca se vendeu tantas máquinas de costura, movimento puxado muito pela volta do prazer em produzir e consumir produtos handmade. Aumentou também o consumo e troca de eletrodomésticos, como ventiladores, liquidificadores, panelas e geladeiras, até porque as pessoas estão mais em casa.

O consumidor começou a olhar para dentro da casa dele, investindo em automação residencial, uma área que ganhará um corpo gigantesco nos próximos anos. Nossa marca Rsmart, voltada para a automação residencial, cresceu muito e tem como principais parceiros nomes como a Amazon. Também foi muito importante termos um braço voltado ao consumidor final, a Webfones, que possibilitou um aumento das vendas por esse canal.

Nossos resultados em 2020 foram gigantes, crescemos 36% em comparação a 2019 e faturamos R$ 3,6 bilhões apenas na distribuição, sendo a telefonia responsável por 57%. O faturamento total do Grupo Rcell foi de R$ 4 bilhões.

Como vocês têm um foco bem grande em eletrônicos, o que poderia dizer sobre a falta de componentes e semicondutores no mercado? O resultado do grupo Rcell teria sido diferente se a demanda estivesse normal? 

Alexandre Elias: Enquanto tínhamos um grande estoque, estava tudo bem. Mas quando houve a necessidade de repor começou a falta de semicondutores e ninguém mais tinha o produto. Tem sido complicado e acredito que essa situação vai se manter até o segundo semestre de 2022.

Por falar em resultados, qual o faturamento que a Rcell espera fechar em 2021? E quais são os planos para 2022?

Alexandre Elias: Nossa expectativa é fechar o ano de 2021 com R$ 5 bilhões de faturamento. E, realmente, se não tivéssemos problemas com insumos o resultado seria bem diferente, chegando a até R$ 5,5 bilhões.

Ainda não posso contar muitos detalhes, mas adianto que para 2022 temos um projeto forte de expansão da área dos nossos três centros de distribuição, localizados nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. Muito por conta do tamanho físico dos novos produtos que estamos vendendo. Uma coisa é estocar um celular, outra é uma geladeira ou colchões. Não é um trabalho simples e, como oferecer uma logística de excelência é um dos nossos pontos fortes, precisamos garantir que os produtos cheguem da mesma maneira tanto em São Paulo como no interior do Amazonas. Implantamos um sistema para diminuir o lead time da melhor forma possível e em 2022 vamos continuar a desenvolvê-lo.

Vamos também fortalecer a área de games, entrando forte nos e-sports ao oferecer o portfólio de marcas consagradas como Corsair e Trust, entre outras, com um incremento de 50% dessa última parceria em 2022. Já em multicategorias, projetamos um crescimento anual de 30% nos próximos cinco anos, com a inclusão de novas marcas.

E o mercado de consumo em 2022? Como você avalia, haverá uma melhora?

Alexandre Elias: Bom, nos últimos tempos tivemos grandes ofensores, como a falta de semicondutores e também a alta do dólar. O auxílio emergencial diminuiu e quem tinha dinheiro guardado também precisou usá-lo. O grande ponto é que, no mercado, não há tantos produtos quanto a gente gostaria que tivesse.

Temos conversado com as indústrias e com institutos de pesquisa, só vemos uma luz no fim do túnel após o segundo semestre de 2022. É quando o cenário deverá ser mais animador.

Quais são as expectativas da Rcell em relação à Abradisti? Como será a participação da empresa na associação em 2022?

Alexandre Elias: Nós, como distribuidores, fazemos a ponte entre a indústria, varejo e os consumidores e precisamos nos unir, apoiar e compartilhar informações. Temos acesso a diversos estudos e esperamos dividi-los com os outros associados.

A Abradisti tem diversas frentes, apoia demais o distribuidor, que precisa ter esse apoio, pois ele é um meio de negócio, é quem leva o produto da indústria até aquele ponto distante do país. É a gente que faz isso acontecer, a pessoa receber um produto eletrônico de qualidade, em variedade, em algumas regiões do país é uma realidade muito difícil, e precisa haver o distribuidor para fazer esse trabalho. Esperamos que o ano de 2022 seja de muitas novidades e conquistas.

O que motivou a Rcell a se associar?

Alexandre Elias: Um dos movimentos que a Rcell está fazendo é o ingresso na linha de e-sports e, diante disso, entendemos que é importante desenhar um projeto muito bem definido, contamos com uma assessoria e estudos no mercado, como fizemos no ingresso em games lá em 2012, hoje queremos desenhar isso também para e-sports. E aí entra a questão de outros periféricos, SSD, placas de vídeos, componentes de máquinas para os games.

A Abradisti tem uma condição diferenciada em que conseguimos ter apoio em relação a alguns subsídios, que apoiam esse projeto. O mais interessante, na minha opinião, é o trabalho de redução nos impostos para conseguir dar uma condição justa de as pessoas progredirem tecnologicamente.

Como exemplo, o caso das placas de vídeo, isso não é só pagar mais barato, é uma contribuição gigante para o país, onde você consegue levar condições mais favoráveis para que as pessoas tenham acesso a produtos tecnológicos de qualidade e de avançar no conceito tecnológico.

E agora falando para a própria Abradisti. Mariano, o que a chegada da Rcell representa para a associação?

Mariano Gordinho, presidente-executivo da Abradisti: A Rcell está na ponta, onde a mudança de fato acontece, levando a transformação digital para dentro da casa das pessoas. É muito bom saber que temos um aliado de peso e disposto a se engajar e abraçar causas importantes para melhorar o acesso à tecnologia no Brasil.

O importante é ter força na questão do engajamento, a mudança só acontece quando aquele grupo está junto para mudar as coisas, quando a gente vê que a Rcell está aqui para o que precisar, é aí que a entidade consegue dar passos largos, consegue evoluir. Ela consegue entregar para o grupo aquelas grandes discussões que têm de ser colocadas, e quem pode trazer essa discussão não é a própria entidade, ela é o veículo, mas quem traz a discussão é o associado.

Quando uma empresa como a Rcell se associa à Abradisti, ela traz muito dessa experiência de distribuir produtos em todo o país, tendo o desafio de chegar no Amapá da mesma forma como chega em Porto Alegre. Essa experiência é muito importante para o setor, assim como ter dentro do nosso grupo empresas que vão encabeçar as mudanças.

Eu vejo a Rcell como uma empresa – pelo tipo de produtos que ela vende – focada na questão da transformação. A transformação que a gente enxerga acontece nos produtos que ela distribui: games, smartphones, dispositivos inteligentes dentro de casa. O mundo vai ser assim, caminhamos para ter uma interação cada vez maior com as coisas, é a ponta do iceberg. Ela está na ponta dessa história de transformação, vendendo produtos que são o meio para fazer essa transformação acontecer.

Quando a gente traz um novo associado, espera justamente isso, que ele esteja à frente, venha com esse espírito de engajamento. Vamos abraçar isso juntos, é unindo que o grupo consegue fazer as mudanças, fazer as mudanças sozinho é mais difícil, mas em grupo acabam tendo mais representatividade, ganham mais força.


Que tal seguir o exemplo da Rcell e tornar-se uma peça importante no fortalecimento do setor de distribuição no Brasil? Associe-se à Abradisti!

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