Por Mariano Gordinho*

Estudo atual realizado pela IBM com mais de 30 mil pessoas no mundo inteiro e divulgado no início de 2014 confirma a tendência: o consumidor está mais exigente e adota o comportamento omnichannel. Apenas 19% responderam que não usam tecnologia para pesquisar e/ou realizar compras. A grande maioria utiliza dispositivos móveis e equipamentos com Internet para consultar preços, buscar lojas e até mesmo realizar compras.

O comportamento gera um desafio e tanto para empresas de varejo e distribuidores. já que hábitos de consumo estão se transformando em um ritmo mais acelerado do que as mudanças corporativas implantadas para atender essa demanda. Antigamente, um bom planejamento em publicidade offline e o atendimento em loja física eram os itens fundamentais para fidelizar clientes. Hoje em dia é necessário muito mais. A companhia precisa estar presente em todos os canais de relacionamento se quiser valorizar a marca e se manter na preferência dos consumidores.

Equipados com smartphones, ultrabooks e conversíveis (notebooks que se transformam em tablets), os consumidores têm acesso a muitos recursos para escolher melhor a compra. A web facilita a seleção da loja por geolocalização e permite a comparação de preços e busca por ofertas com apenas alguns cliques. As redes sociais fazem com que o internauta confira a reputação da marca no mundo online e ainda conheça novos produtos e ofertas sem os tradicionais panfletos de antigamente.

Uma boa estratégia em multicanais faz com que a empresa marque posição em um mercado cada vez mais competitivo e exigente por qualidade. Como são muitas opções, é preciso planejar para se destacar diante de tantas informações e tantos meios.

O movimento é irreversível e a influência da tecnologia tende a ser cada vez maior. Previsão da IDC Brasil mostra que mais de 71 milhões de smart connected services (que envolvem computadores desktops, notebooks, smartphones e tablets) serão vendidos no país apenas em 2014. O varejo começa a se organizar para atender a demanda e os distribuidores já percebem esse nicho: se em 2012 sequer havia a categoria “mobilidade” na Pesquisa Setorial dos Distribuidores e o item “telefonia e tablets” ocupava apenas 1% do faturamento, um ano depois a situação se inverteu. Hoje, os dispositivos móveis ocupam uma respeitável posição no faturamento, com 5% do total. Resta agora fazer com que esses números reflitam em aumento nas receitas e credibilidade perante aos consumidores.

*Mariano Gordinho é presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de TI – Abradisti