News Context: Estamos no Melhor ou no Pior Momento para as Marcas de Consumo?
Antes do comércio eletrônico, a maneira de as marcas chegarem ao consumidor era através da loja física. A cadeia de suprimentos era linear, do fabricante ao distribuidor, e para loja. Já hoje em dia, os novos hábitos do consumidor estão mudando esse padrão com as compras, pagamentos e entregas em qualquer lugar, a qualquer momento e por diversos meios. Isso tem gerado algumas novas oportunidades para o marketing e vendas de produtos para os consumidores.
As transformações dos hábitos de consumo têm gerado mais oportunidades do que nunca às Marcas de Consumo. Por outro lado, esta realidade também traz novos e maiores desafios
Charles Dickens, em uma de suas estórias mais clássicas, disse: “Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos, era a época da sabedoria, era a época das tolices, era a época da fé, era a época da incredulidade”. Trazida para hoje, Dickens, mesmo que sem querer, descreve o paradoxo que as marcas de consumo encontram com as transformações dos hábitos dos clientes.
Em muitos casos, as empresas têm diversas oportunidades de atrair consumidores. Mas a transformação dos hábitos do consumidor, por outro lado, também tem desafiado o modelo de abordagem tradicional, e criado enormes questões para parte vendedora do mercado.
As marcas que devem prosperar, agora, são as que colaboram na adaptação a esta nova dinâmica do ecossistema de vendas.
Por que esse é o melhor momento para as marcas de consumo?
Antes do comércio eletrônico, normalmente a maneira de as marcas chegarem ao consumidor era através da loja física. A cadeia de suprimentos era linear, do fabricante ao distribuidor, e para loja.
Hoje os novos hábitos do consumidor estão mudando esse padrão com as compras, pagamentos e entregas em qualquer lugar, a qualquer momento e por diversos meios. Isso tem gerado algumas novas oportunidades para o marketing e vendas de produtos para os consumidores.
– Vendas Diretas aos Clientes
Conforme os clientes realizam mais compras online, os fabricantes têm mais oportunidades de fornecer diretamente por seus próprios meios. Vendas diretas podem aumentar as margens, mas o mais importante é que criam uma relação direta com o consumidor final.
– Novas Oportunidades de Marketing
Mais de 70% dos consumidores realizam pesquisas online antes de realizar a compra. As marcas, então, têm a oportunidade de se aproximar mais cedo dos clientes, ao invés de esperá-los chegar às lojas.
– Alcance – Produtos e Logística mais espalhados
Através da integração das lojas física e virtual, as companhias podem efetivamente espalhar seus produtos em mais locais e usar o estoque virtual para alcançar mais clientes.
– Long tail (muita variedade e baixa quantidade) – Oportunidades para Valor Agregado e Receitas
O número de produtos que uma loja física possui é limitado pelo seu espaço. O aumento do comércio eletrônico permite servir toda gama de produtos para muito mais clientes, em qualquer lugar.
Por que esse é o pior momento para as marcas de consumo?
O conceito de omnichannel coloca o cliente no centro da operação. Mesmo que a situação atual não se apresente como a pior possível, os hábitos do consumidor propõem mais desafios para indústria, suas estratégias e efetividade de seus programas.
– Comoditização dos Produtos
A condição do consumidor poder pesquisar em qualquer lugar e a qualquer hora está maior do que nunca e o desafio para industria em satisfazê-los também. Mesmo que as marcas atendam diretamente, ainda assim haverá competição com milhões de outros produtos disponíveis em um website, como no Amazon, Google ou Mercado Livre.
– Corrosão dos preços
Um desafio que o comércio eletrônico traz é a transparência e fácil comparação de produtos e preços. Os gigantes desse mercado podem alterar os preços de hora em hora. Uma vez online, preços podem se tornar o menor denominador comum e mesmo grandes redes de lojas entenderam que eles precisam se adequar aos preços encontrados na internet.
– O quinto P ‘esquecido’ – Personalização
O e-commerce tem sido principalmente um grande catálogo de produtos disponíveis a determinado preço. As marcas têm pouca oportunidade de diferenciar seu produto ou valor agregado de serviços vendidos online. Então, é necessário buscar meios de se personalizar as soluções e serviços antes e depois da venda.
– Conectando a Marca com a Experiência do Usuário
No mercado online falamos primeiramente de funcionalidades, função e preço. As marcas precisam de novas e diversas formas de se conectar com o cliente, especialmente no ínicio da jornada e em momentos críticos de decisão de compraque agora acontecem pelos diversos canais de vendas.
Enfim: “tudo isso” requer a colaboração estratégica de que estamos falando.
As marcas têm mais oportunidades do que nunca de alcançar os clientes, mas aí também está o desafio de se usar a mídia correta e os recursos para aumentar esses pontos de contato e aproximar o cliente da marca.
A realidade é que poucas marcas possuem capacidade e recursos para gerenciar tudo isso, então o sucesso das marcas de consumo está em sua efetividade em:
– Otimizar o valor da marca além da comoditização da relação produto e preço
– Criar a experiência para o cliente que identifique a marca nos diversos canais de vendas
– Solucionar a otimização dos estoques na hora e lugar certos
– A habilidade de resolver a questão de entrega no último trecho, na porta do cliente
– Personalizar o serviço para que atenda às expectativas do cliente
Por Chris Petersen e Adam Simon, da ContextWorld