
Infor Channel aborda os rumos do setor de TIC em 2025 e traz análise na Distribuição por Mariano Gordinho
Reportagem de capa ouviu diversos especialistas do setor e aponta insights estratégicos para o canal de distribuição

O ano de 2025 traz desafios macroeconômicos de nível mundial e oportunidades tecnológicas que exigem visão estratégica e adaptação por parte de empresas e profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Entre os principais desafios estão a pressão cambial, as oscilações geopolíticas e juros altos convivendo com o crescimento da Inteligência Artificial, expansão de Data Centers e digitalização de setores estratégicos como Saúde, Educação, Indústria e Governo.
Neste contexto, especialistas de diferentes frentes consultados pela revista Infor Channel na edição #87, traçam um panorama essencial para quem atua em canais de distribuição, serviços digitais e infraestrutura tecnológica. Entre as fontes, a análise de Mariano Gordinho, presidente-executivo da Abradisti, é referência para o ecossistema de distribuição de TIC.
Um mercado em recalibragem: crescimento com cautela
Apesar do otimismo cauteloso com o crescimento de 6% do setor de TI no Brasil em 2024 e expectativa de avanço contínuo em 2025, a pressão sobre os orçamentos é real. De acordo com o relatório Gartner, comentado na edição por Luis Mangi, mais de 90% dos CIOs brasileiros planejam aumentar os investimentos em IA, IA Gen e Cibersegurança. Esses investimentos provavelmente se concentrarão em
contratos de Inteligência Artificial como Serviço – AIaaS, devido à flexibilidade e escalabilidade. Além disso, há uma demanda crescente por Serviços de consultoria e integração.
IA e automação: a onda que muda o jogo
Anderson Figueiredo, da Stratica, prevê que as PoCs de 2024 se tornarão projetos reais em 2025, especialmente nas áreas de Hiperautomação, Machine Learning e IA aplicada à operação. Mas alerta: a transformação será real apenas onde houver times preparados e domínio de dados.
Ivair Rodrigues, da IT Data, parceira da Abradisti na realização do Censo das Revendas, complementa dizendo que muitas empresas ainda estão em fase de aprendizado com IA, aplicando-a de forma limitada, como em chatbots e automações simples. O grande desafio será customizar soluções de IA aos contextos específicos de negócio, com profissionais capazes de entender tanto o código quanto o processo.
Também foi ouvida pela reportagem, Constanza Caminos, country manager no Brasil da CONTEXT, compartilhou a visão da organização sobre o papel estratégico dos canais no cenário atual. Segundo ela, 2025 será o ano em que os canais de distribuição retomarão o protagonismo no mercado global e as rotas indiretas superarão as vendas diretas, com crescimento relevante em categorias como Cibersegurança, IA, Data Centers, software, licenças e videocolaboração.
A executiva da CONTEXT também chama atenção para um novo ponto de alerta: o consumo de energia, assunto a ser discutido ao longo do ano, reacendendo o interesse por energias renováveis e soluções que equilibrem performance e sustentabilidade.
A inteligência artificial como mudança de paradigma: a análise de Mariano Gordinho
Mariano Gordinho, presidente-executivo da Abradisti, enfatiza a necessidade de repensar os modelos de negócio diante da crescente adoção de Inteligência Artificial.
Para ele, o consumo de IA se afasta do modelo tradicional de venda de software e se aproxima da lógica “as a service”, em que o cliente busca um resultado direto — como uma “mordida no sanduíche”, sem se preocupar com os ingredientes.
Mariano também discute a pressão cambial que os distribuidores enfrentam, especialmente ao operar com produtos importados em dólar, yuan ou euro. Ele ressalta que estratégias de hedge financeiro, margens flexíveis e gestão inteligente de estoque são recursos indispensáveis para atravessar o ano com estabilidade: .
“As marcas que têm estrutura local e, muitas vezes, parte do processo produtivo nacionalizado, já trabalham com modelos para minimizar os efeitos da variação. O relacionamento com os Canais e a definição da cadeia de preços são mais alinhados aos fatores locais”, analisa.
Leia a reportagem completa na edição nº 87 da revista Infor Channel, clicando no link: https://revista.inforchannel.com.br/assets/downloads/IC87_fev-mar25.pdf