O papel do VAR e do integrador nas nuvens híbridas
Artigo de Mariano Gordinho publicado na edição 184 da revista PartnerSales aborda como a nuvem híbrida é a chave para unir flexibilidade e eficiência na transformação digital
* Por Mariano Gordinho
A nuvem é, sem dúvida, a grande habilitadora da transformação digital. As arquiteturas de virtualização tornam possíveis as grandes inovações, como também a agilidade para dimensionar e escalar os recursos e custos na medida das necessidades de cada momento, de cada cliente!
É nesse ambiente que surgem muitas startups, que antes só seriam viáveis com grandes investimentos em datacenters. No mercado corporativo, as barreiras foram superadas quando vimos bancos e operadoras desenvolvendo grandes projetos em nuvem pública. Ao mesmo tempo, só no ano passado os grandes bancos investiram R$ 3,8 bilhões em hardware próprio, de acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária de 2024. Algumas startups, com o aumento de volume, reviram suas abordagens cloud first e, ainda que não construam datacenters próprios, partem para modelos como co-location.
De fato, houve um momento em que migrações foram feitas sem o devido estudo e planejamento. Como resultado, os centavos das tabelas dos provedores se acumularam em contas muito mais altas e imprevisíveis. Começou então o movimento conhecido como cloud to ground, de repatriar as aplicações. Contudo, respostas absolutas não funcionam mais. Nesse contexto, a ideia da nuvem híbrida é aproveitar o melhor das alternativas disponíveis, de forma integrada.
Durante o mais recente congresso da Futurecom, mediei um painel sobre “O mercado de Distribuição e revendas no Brasil”, ao lado dos palestrantes convidados Marco Chiquie (Agis), Reinaldo Pires (Velans) e Vanderlei Rigatieri Jr. (WDC). E este foi um dos assuntos de destaque entre as conversas sobre o efeito de tecnologias emergentes – IA, IoT, 5G e Indústria 4.0 – no desenho de nuvens híbridas.
Para os parceiros de tecnologia das empresas, a nuvem híbrida gera desafios tanto de pré-venda quanto de relacionamento. Primeiro, não há decisões absolutas sobre nuvem ou on premise. É provável que alguns casos requeiram composição de serviços em nuvem privada, como por exemplo na AWS ou na Azure, ou onde houver os melhores produtos com o menor custo.
Pelo peso que a TI ganha em empresas de praticamente todos os setores e portes, as expectativas com a inovação digital resultam em demandas cada vez mais amplas e complexas. Por isso, os distribuidores hoje assumem um papel mais próximo e consultivo aos canais, para que possam desenvolver as oportunidades junto a seus clientes.
A Abradisti, em sua história, tem sido convidada para abrir espaços de discussões como nesse congresso, onde reunimos líderes para mapear as tendências, disponibilizando estudos e pesquisas, e documentando esta evolução de perguntas e respostas que surgem com o trabalho de todo este ecossistema de empresas de TIC.
* Mariano Gordinho é presidente-executivo da ABRADISTI – Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação
Este artigo também pode ser lido na íntegra na página 27 da edição 184 da Revista PartnerSales on-line, pelo link abaixo: