Indicadores estratégicos para a gestão de RH no setor de distribuição
Artigo de Mariano Gordinho publicado na edição 183 da revista PartnerSales destaca as tendências de remuneração e gestão no setor de TIC, baseado na 7ª edição da Pesquisa Salarial da Abradisti
* Por Mariano Gordinho
Remuneração, benefícios e práticas de gestão estão evoluindo para atender às novas demandas do mercado de trabalho, e para fazer uma leitura desta realidade foi criada a Pesquisa Salarial da Abradisti. Os resultados recém-apurados da 7ª edição do estudo contou com 34 empresas associadas participantes, 94 cargos pesquisados e, dados referentes a cerca de 7,2 mil colaboradores.
Além de servir como ferramenta essencial para a tomada de decisões, a pesquisa revela não apenas como as empresas estão se posicionando em termos de remuneração, mas também quais desafios e oportunidades surgem na retenção de talentos e na adaptação às tendências do mercado, em um segmento que movimenta milhões de reais em salários e impostos.
Como benefício adicional, a ampliação do número de cargos e áreas de atuação ano a ano resulta em uma base de dados cada vez mais completa, permitindo comparações ainda mais precisas.
Isso fortalece a utilidade prática da pesquisa para gestores de RH, que usam essas informações anualmente para alinhar políticas salariais e estratégias de benefícios.
CENÁRIO DO MERCADO DE TRABALHO EM TIC
A pesquisa revela desafios do setor de distribuição, como a redução de 6,4% no número de funcionários entre 2022 e 2023, reflexo do cenário econômico adverso. No primeiro semestre de 2024, a tendência de queda no número de funcionários continuou, com uma redução adicional de 1,77%.
Esse ambiente pressiona as empresas a encontrar formas mais eficientes de reter e atrair talentos. Práticas como o home office, que antes eram uma exceção, estão se tornando cada vez mais relevantes. No levantamento, as empresas indicam que quase metade dos candidatos priorizam oportunidades que permitam trabalho remoto e aproximadamente 30% das empresas relataram perda de candidatos devido à falta de opções de trabalho remoto.
Esses dados indicam que o modelo híbrido de trabalho se consolidou como uma demanda importante para atrair talentos qualificados, especialmente em um momento em que empresas disputam perfis especializados.
Neste contexto, é necessário ir além da remuneração: oferecer planos de carreira, benefícios e um ambiente que valorize a diversidade e o crescimento dos colaboradores. A capacidade de inovar na gestão de pessoas será um dos principais diferenciais para empresas que desejam se manter relevantes e lucrativas nos próximos anos.
Cabe às empresas se adaptarem a essa nova realidade. A retenção de talentos e a construção de um ambiente de trabalho atraente não são apenas estratégias de Recursos Humanos, mas uma questão de desempenho empresarial, sobrevivência e crescimento sustentável.
* Mariano Gordinho é presidente-executivo da ABRADISTI – Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação
Este artigo também pode ser lido na íntegra na página 31 da edição 183 da Revista PartnerSales on-line, pelo link abaixo: