Chegando à sétima edição, a Pesquisa Salarial da Abradisti segue evoluindo. Além da riqueza das informações sobre salários e benefícios obtidas em anos anteriores, a edição de 2024 – que deu início à fase de campo em 31 de julho e pretende ouvir todos os associados – ganhou novas questões que buscam investigar ocupações relacionadas às tecnologias emergentes e tendências mais recentes.

Na prática, isso significa que o questionário traz novas questões sobre a presença de cargos dedicados a funções ligadas à inteligência artificial (IA); à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras instâncias de privacidade; e ao ESG (sigla do inglês para Ambiental, Social e Governança).

“Pode ser que o associado ainda não tenha essas pessoas, mas queremos entender se ele tem um plano. É preciso estar preparado para o futuro”, explica Mariano Gordinho, presidente-executivo da Associação. “Ainda não é a preocupação saber o quanto essa pessoa ganha, mas se ela existe.”

Além das novas questões, o coletor de dados está mais abrangente, contemplando informações sobre 94 cargos, e informações referentes ao chamado “Span of Control” (amplitude de controle). Com isso, é possível saber qual é a quantidade de funcionários por nível de liderança.

👉🏼 O prazo definido para envio do coletor de dados pelas empresas associadas foi prorrogado até o dia 02/09, 2ª feira. As informações são fornecidas diretamente para a consultoria Remunerar, que garante a segurança e a confidencialidade dos dados compartilhados.

A Pesquisa Salarial da Abradisti é realizada anualmente em parceria com a consultoria Remunerar e tem como responsável pelo projeto o sócio e consultor Marcelo Samogin, desde a primeira edição. A versão completa do relatório é disponibilizada apenas para as empresas associadas que contribuem com a pesquisa ao enviar seus dados.

Há ainda um sumário público de resultados disponível para o público. Em todos os casos, a Remunerar garante a confidencialidade das informações de cada empresa. Segundo Samogin, o estudo é uma espécie de fotografia do mercado de distribuição de TIC, e busca dar subsídios para estratégias de balanceamento e composição da remuneração dos profissionais do setor, incluindo salário, remunerações variáveis e benefícios. O objetivo é aumentar a competitividade das empresas e atrair (ou reter) os melhores profissionais.

“A remuneração é um elemento de custo importante para as empresas. E boa parte dos cargos que estudamos no setor de distribuição são especializados, o que significa que elas ganham e perdem colaboradores para todos os outros setores”, pondera Samogin, sobre a dificuldade de reter bons profissionais atualmente.

Por isso, ressalta ele, ter informações atualizadas sobre benefícios e práticas de RH é tão estrategicamente importante para o setor de distribuição de tecnologia brasileiro.

Percepção de valor

Mais do que salários, participações e benefícios, o profissional atual está, de acordo com Samogin, mais ansioso que nunca por um equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal – sendo esse inclusive um elemento de ponderação na hora de escolher (ou deixar) um cargo.

“Ninguém acorda às 9h e vai dormir às 18h. As pessoas têm obrigações com os filhos, conjugais, problemas para resolver em casa. Cada um vai saber quando, dependendo do momento de vida, o equilíbrio entre valorizar mais um salário ou benefícios não monetários”, diz ele. “Quanto maior a oportunidade de conseguir um equilíbrio, maior a chance de estar remunerado de forma completa.”

Mas para que uma empresa seja capaz de oferecer oportunidades de crescimento, ambientes de trabalho harmoniosos, amplie ou restrinja o trabalho híbrido, entre outras opções não necessariamente ligadas à dinheiro, é preciso medir processos e ter bons indicadores financeiros “e até individuais”, salienta o pesquisador.

“Com indicadores é possível escancarar questões que nunca foram feitas [na organização]. O que se fala aqui e lá fora é da criatividade necessária para engajar as pessoas não só através de dinheiro, mas por meio de valores não-monetários que possam ser traduzidos em ganho de tempo. As empresas tentam trafegar entre agradar gregos e troianos.”

Pesquisa Salarial Edição 2023

Na sexta edição do estudo, foram obtidas mais de 3 mil informações salariais por meio de entrevistas com 29 empresas associadas. Ao todo, foram apuradas informações de 87 cargos, incluindo posições de gestão, técnicas, administrativas e de vendas. A base salarial foi a de junho de 2023.

O levantamento mostrou, entre outras coisas, que nas empresas entrevistadas houve crescimento de 53% do efetivo em 2022, enquanto 11% mantiveram os valores e 36% reduziram, no comparativo entre janeiro e dezembro de 2022.

Para baixar o Sumário Público de Resultados de 2023, acesse > https://abradisti.org.br/ebooks/6a-pesquisa-salarial-abradisti-sumario-publico-de-resultados/