Uma lupa sobre a Distribuição
A edição de Junho/2022 da Revista Infor Channel traz um raio-X do segmento, que está aquecido, mas não tem como entregar, e enfrenta hoje seu principal desafio: o desarranjo na cadeia de suprimentos
A edição nº 58 da revista Infor Channel traz uma reportagem sobre o segmento da Distribuição de TIC, um setor que amadurece mas ainda tem de superar desafios em várias frentes. Mariano Gordinho, Presidente-Executivo da Abradisti, foi o entrevistado e contribui com uma ampla análise do cenário deste mercado.
Acompanhe abaixo os principais trechos da matéria:
De início, o texto destaca que a pandemia acelerou a Transformação Digital, que o mercado avançou em dois anos o que estava previsto para dez e que as empresas de tecnologia nunca faturaram tanto. Mas essa bonança toda está cobrando seu preço agora: de que adianta vender se não há como entregar?
De acordo com Mariano Gordinho, a falta de insumos é hoje o principal desafio do segmento, além de outros como oscilação do dólar, inflação e juros altos:
“Se pensarmos do ponto de vista prático, operacional, a cadeia de suprimentos é o principal desafio. O mercado ainda está aquecido, mas muitos projetos estão parados por falta de insumos, o que prejudicou toda a cadeia produtiva”, explica.
Mariano contextualiza a situação da indústria de TIC no País e ressalta que o primeiro trimestre de 2022 foi um período com um bom crescimento, mas o segundo trimestre foi afetado fortemente pela falta de insumos e o desarranjo da cadeia de suprimentos mundial.
A reportagem também cita o Estudo Setorial da Abradisti, realizado anualmente pela IT Data, que é um levantamento completo do setor, cuja versão 2022 está em finalização para ter seus resultados divulgados em breve.
Alicerces
De acordo com o presidente-executivo da entidade, a distribuição sempre foi alicerçada em três grandes pilares: crédito, estoque e logística. Com a evolução do mercado, surgiram outros pilares de sustentação, como capacitação, treinamento e consultoria. Mas, na essência, o papel do distribuidor continua sendo dar crédito, ter estoque para que o Canal possa vender e fazer a logística, atividade que no passado, se restringia a mover caixa, que ia para o estoque do revendedor ou direto ao cliente.
Mariano sinaliza também uma mudança no cenário da concessão de crédito: O que vem acontecendo cada vez mais é que o distribuidor concede crédito diretamente para o consumidor final, pois ele fatura direto.
“Na venda de projetos também ocorre muito o crédito direto. O revendedor que está no circuito é remunerado por comissionamento. Isso ajudou na questão do crédito, pois suprimiu um elo do risco, já que a revenda poderia passar por alguma dificuldade”.
Impacto da Nuvem
Na onda da Nuvem e tudo como serviço, quem sofreu o primeiro impacto foram as revendas e os integradores que ganhavam, por exemplo, R$ 100 mil em uma transação e passaram a ganhar R$ 1 mil mensais em 100 meses.
“Para o distribuidor, o modelo Cloud passou a demandar capital para bancar essas grandes transações de consumo, é ele quem viabiliza isso. É muito parecido com mover caixa, só que agora ele move serviços”, compara.
O negócio da distribuição se sofisticou, apesar de que, Brasil afora, ainda há aqueles que só movem caixas. Mas, para quem deseja sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso investir no negócio, em conhecimento e capacitação.
As oportunidades ainda serão muito grandes diante do déficit de infraestrutura, das demandas de cibersegurança e outras ofertas no País. “Invista em capacitação, conhecimento e se conscientize de que o negócio hoje é diferente de décadas atrás. Procure ter uma leitura mais ampla, descobrir onde estão as oportunidades e invista nisso”, aconselha
Acesse a reportagem completa no PDF digital da revista Infor Channel, edição nº 58 – Junho 2022, páginas 28 a 34, pelo link: https://revista.inforchannel.com.br/58/assets/downloads/IC58_jun22.pdf